Notícia  /  06.07.2019

2.ª sessão das Conversas Olímpicas



«Tudo o que sou, devo-o à formação que o desporto me proporcionou.» Foi nestes termos que o judoca olímpico Pedro Dias resumiu a importância dos valores olímpicos na sua formação humana e desportiva, durante a segunda sessão das «Conversas Olímpicas», levada a efeito esta sexta-feira (5 de julho) pela Academia Olímpica de Portugal no auditório da Junta de Freguesia de Corroios.

 

Perante um assembleia de dirigentes, treinadores e jovens atletas, o atual treinador de judo do Sport Algés e Dafundo descreveu alguns momentos da sua vida desportiva, salientando dar maior importância ao modo como se empenhou na concretização dos objetivos do que propriamente às medalhas alcançadas: «Mesmo que eu não tivesse conseguido ir aos Jogos Olímpicos, teria considerado ter vivido o Olimpismo através da forma como me dediquei ao desporto e à procura dos melhores resultados», disse, referindo-se à ética com que se empenhou na vida de judoca.

 

Logo de início, Pedro Dias abriu a conversa assinalando a comunhão de princípios entre o francês Pierre de Coubertin, fundador do Olimpismo moderno, e o japonês Jigaro Kano, o criador do judo, classificando-os como revolucionários que partilhavam os mesmos princípios, assentes em valores comuns ao Olimpismo ao judo.

 

A conversa viria a alargar-se para outros domínios em que a ética se impõe, seja na esfera política, na escola ou nos clubes de iniciação desportiva, áreas em que o investimento nacional escasseia ou é usado com falta de qualidade de gestão dos meios disponíveis.

 

Pedro Dias deu ainda nota de que os exemplos proporcionados no quotidiano da prática desportiva por quem rodeia os atletas têm mais capacidade formativa do que as sessões formais em que se fale explicitamente de valores éticos.

 

Já no final da conversa, Manuel Cabete, antigo treinador de Telma Monteiro, caracterizou o judoca convidado como um atleta que não se limitava a ir aos treinos. «Ao contrário de outros atletas, ele ia aos treinos e treinava! Outros já estavam fora do treino mesmo antes de acabar e por isso é que não chegaram onde o Pedro ou a Telma chegaram», disse, opondo desta forma a ética do empenho e do sacrifício à ética da preguiça e do conforto.

 






 


 

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